Não sou único.
16 MAIO - Reflexão do Dia
Muitos de nós, no Programa de Jogadores Anónimos, partilhamos a memória de que ao princípio jogámos para nos "integrarmos", para sermos "os maiores", ou para "ser uma parte da multidão". Outros alimentámos as compulsões para estarmos "na onda" — para sentir, nem que fosse só por um tempo curto, que estávamos em linha com o resto da espécie humana. Às vezes as nossas apostas tinham o efeito desejado, apaziguando, temporariamente, o nosso sentimento de estarmos à margem. Mas quando se esgotava aquele pico de ação, sentíamo-nos ainda mais sós, mais fora de tudo, mais "diferentes" do que nunca.
Acho de vez em quando que "o meu caso é diferente"?
Hoje eu peço:
Que eu possa superar, com o Poder Superior, o sentimento de "ser diferente" ou, de alguma forma, único, porque me falta a pertença. Quem sabe se não foi este sentimento o que me levou, na origem, a jogar e a apostar? E também pode ter-me impedido de perceber a gravidade da minha situação, uma vez que estava convencido disto: "eu sou diferente, consigo safar-me". Que eu agora tenha bem a noção de que pertenço a uma grande Irmandade de pessoas como eu. De cada vez que uma experiência é partilhada, a minha "singularidade" vai-se desvanecendo.
Hoje vou lembrar-me:
Não sou único.